"Eu amo as coisas que as crianças amam,
Mas em compreensão funda, acrescida,
Que eleva a minha alma, de anelante,
Mas em compreensão funda, acrescida,
Que eleva a minha alma, de anelante,
Sobre aqueles onde inda dorme a vida
Tudo o que é simples e é brilhante,
Despercebido à mais aguda mente,
Com infantil e natural prazer
Faz-me chorar, orgulhosamente.
Despercebido à mais aguda mente,
Com infantil e natural prazer
Faz-me chorar, orgulhosamente.
Eu amo o sol com o seu brilho intenso,
O ar, como se pudesse abraçar
Com minha alma sua vastidão,
Embriagado de tanto o olhar.
O ar, como se pudesse abraçar
Com minha alma sua vastidão,
Embriagado de tanto o olhar.
E amo os céus com tal alegria
Que me faz de minha alma admirar,
Uma alegria que nada detém,
Uma emoção que não sei controlar.
Que me faz de minha alma admirar,
Uma alegria que nada detém,
Uma emoção que não sei controlar.
Aqui estendido deixem-me ficar
Diante do sol, da luz absorvida,
E em glória deixem-me morrer
Bebendo fundo da taça da vida;
Diante do sol, da luz absorvida,
E em glória deixem-me morrer
Bebendo fundo da taça da vida;
Absorvido no sol e espalhado
Por sobre o infinito firmamento
Como gotas de orvalho, dissolvido,
Perdido num louco arrebatamento;
Por sobre o infinito firmamento
Como gotas de orvalho, dissolvido,
Perdido num louco arrebatamento;
Misturado em fusão com toda a vida,
Perdido em consciência, impessoal,
Fico parte da força e da tensão,
Pertença duma pátria universal;
Perdido em consciência, impessoal,
Fico parte da força e da tensão,
Pertença duma pátria universal;
E, de modo estranho e indefinido,
Perdidos no Todo, um só vivente,
Essa prisão a que eu chamo a alma
E esse limite a que chamo mente."
Perdidos no Todo, um só vivente,
Essa prisão a que eu chamo a alma
E esse limite a que chamo mente."
Alexander Search
In 'Poesia' , Assírio & Alvim , edição e tradução de Luisa Freire, 1999
Sem comentários:
Enviar um comentário