"Era uma poesia de ambiente, que aspirava vagamente a qualquer coisa que havia de vir, vagamente nostálgica de qualquer coisa que já não existia. Era perfeita no seu género sentimental, sensível e subtil. Um tema que frequentemente o inspirava era o que vivia de estranho e de misterioso na vida, não na vida vivida ou visível, mas na que era sentida, por intuição, sob o ponto de vista da unidade:
Os sonhos são para mim como as orquídeas,
Esplendorosas e alegres.
Da árvore gigantesca da vida
Extraem sua força.
Orgulhosos do seu sangue emprestado,
Eles se vangloriam, e depois vacilam.
Um segundo mais tarde, empalidecem e morrem.
E, como universos acima de nós,
Movem-se silenciosamente.
Não sentis um perfume no ar?
Os sonhos são para mim como as orquídeas."
"Correspondência Amorosa" de Rainer Maria Rilke & Lou Andreas-Salomé
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