"O «sentimento da natureza» tal como o entendem os modernos, isto é, como um pathos lírico-subjectivo despertado na sentimentalidade do indivíduo pelo espectáculo das coisas, era quase completamente desconhecido do homem tradicional. Perante os cumes das montanhas, os silêncios das florestas, a torrente dos rios, o mistério das cavernas, e assim por diante, ele não experimentava as impressões poéticas subjectivas de uma alma romântica, mas sim sensações reais - mesmo que fossem frequentemente confusas - do supra-sensível, ou seja, de poderes - numina - que impregnavam aqueles locais; sensações essas que se traduziam por imagens variadas - génios e deuses dos elementos, das fontes, dos bosques, etc, - determinadas pela fantasia, sim, porém não arbitrária e subjectivamente, mas segundo um processo necessário."
Julius Evola em "Revolta contra o Mundo Moderno"
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