"Os poetas, conforme as circunstâncias da época e do país em que surgiram, foram chamados, nas primeiras idades do mundo, legisladores ou profetas: o poeta inclui e une, essencialmente, estes dois caracteres, pois ele não só contempla intensamente o presente como tal e descobre aquelas leis segundo as quais as coisas presentes devem ser ordenadas, mas também o futuro no presente, e os seus pensamentos são os germes da flor e do fruto do tempo a vir. Não que eu sustente que os poetas sejam profetas no vulgar sentido do termo, ou que eles possam predizer a forma, tão seguramente como prevêem o espírito dos acontecimentos - isso seria o intento da superstição que faz da poesia um atributo da profecia, em vez da profecia um atributo da poesia. O poeta participa do eterno, do infinito e do uno; não existem, pois, tempo, lugar e número que determinem as suas concepções."
Percy B. Shelley em "Defesa da Poesia"
Percy B. Shelley em "Defesa da Poesia"
Sem comentários:
Enviar um comentário