"Mas, posto que corram iguais embora as formosuras, nem por isso correm iguais os desejos, que nem todas as formosuras enamoram: que algumas alegram a vista e não rendem a vontade; que se todas as belezas enamorassem e rendessem, seria um andarem as vontades confusas e desencaminhadas, sem saberem em qual haviam de parar, porque, sendo infinitos os sujeitos formosos, infinitos haviam de ser os desejos. E, segundo eu ouvi dizer, o verdadeiro amor não se divide, e há-de ser voluntário, e não forçado."
Miguel de Cervantes em "Dom Quixote de la Mancha"
Publicações Dom Quixote
3ª edição (Setembro de 2015)
Página 154
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