"Começa a invadir-me a tristeza dos infinitos próximos, dentro da luz que está dentro da sombra, dentro da sombra que está dentro da luz; ando admirada de olhar, e de ver-me, por vezes, nos pontos escuros das cintilações das minhas palavras."
"Pus-me a viver no Inverno, profusamente integrada na sua espessura; centrada no espaço aéreo verde, esqueci-me da cidade e das suas luzes negras/fortes, débeis e humanas."
"Aprendi a falar com fios de prumo, melhor, varas espetadas na terra. Compreendi, mais tarde, que eram relógios íntimos de sol."
"As minhas paisagens são sempre feitas de sensibilidade ..."
" ... queria ver escrever-me entre eu própria e o papel. Pediu-me o texto, ainda húmido de silêncio ..."
"Não há um único obstáculo na planície.
Contra o que bate o vento para sibilar assim?"
"Céu e ramos de árvore formam, entrelaçados por dentro, o texto da casa e, por fora, o telhado _____"
"A emoção de viver trouxe-me do bosque __________ a seguir, vêm os problemas de liberdade e de libertação ______ o árduo caminho do verde."
"O azul é uma figura de contemplação _______ contemplar uma cor, fazê-la, trazê-la, dá-la a ver, cobrir a cidade com ela, e depois a sala, e depois a mão de quem escreve."
Maria Gabriela Llansol em "O Azul Imperfeito - Livro de Horas V"
Assírio & Alvim
1ª edição, Outubro de 2015
Páginas 415, 433, 452, 453, 486, 493, 539, 578, 624, 635 e 678
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