se não encontro razões. Mas poder-te-ia
falar do rouxinol maravilhoso
ou do pulsar do sangue, ou da segura
doçura da raiz dentro da terra,
ou deste pranto suave das estrelas?
Conhecerias o ardente mistério
das asas indicando o azul em calma,
ou o fluir da fonte ou, do ramo,
este respiro beato quando o ar passa ...?
Amor, não me perguntes porque te amo,
se nem estando em mim eu saberia
observar-te como és, porque respiras
no meu respirar, se de entre os meus sonhos
és o único sonho vivo que
a Morte não poderia arrebatar ..."
Rosa Leveroni (1910-1985) em "Resistir Ao Tempo - antologia de poesia catalã"
Assírio & Alvim
1ª edição, Junho de 2021
Página 283
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