"Quantas tardes, eu vou, sozinho, passear
Ao longo do brumoso e soluçante mar ...
E vejo, ao cair do sol nas ondas abrasadas,
Entre as rochas que estão de espuma coroadas,
Tristes habitações de pobres pescadores ...
Telhados pra abrigar soluços, ais e dores.
São choupanas onde há postigos e janelas,
Donde a Tristeza vê, ao longe, as brancas velas,
Navios onde vai ao leme a Saudade ...
Sopra um vento que traz a viuvez e a orfandade ..."
Teixeira de Pascoaes em "Para a Luz"
Teixeira de Pascoaes em "Para a Luz"
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