"O dia virá em que já não sabes
a idade das pedras caídas
na geografia difícil do rosto.
Há um muro que te há-de deter
onde medirás a distância da viagem
como de cada vez que se morre
o cabelo tão branco que não
será só assim branco
o olhar a dizer o que a terra sabe.
Porque a boca há-de calar-se
e na matriz de gelhas do rosto
será apenas mais uma ruga."
António Amaral Tavares em "Os Nomes dos Pássaros"
António Amaral Tavares em "Os Nomes dos Pássaros"
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