quarta-feira, 9 de novembro de 2022

"A Montanha Viva" de Nan Shepherd (XIII)

 
"As mãos têm em si uma infinidade de prazeres. (...) Muita da energia chega até nós através das mãos. Sensações também. A sensação das coisas, texturas, superfícies, coisas ásperas como pinhas e cortiça, coisas suaves como caules e penas e seixos arredondados pela água, a sedução de tecidos diáfanos, as delicadas cócegas de uma lagarta que rasteja, a rugosidade do líquen, o calor do sol, a ferroada do granizo, o brusco golpe da água que cai, a circulação do vento - nada que eu possa tocar ou que me toque, mas que tem a sua própria identidade tanto para a mão como para o olho."



Nan Shepherd em "A Montanha Viva"
Edições 70, Abril de 2022
Página 173

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