"Reabilitação, relançamento, reconstrução ... O actual momento europeu, marcado pelo cepticismo e pela descrença, suscita ansiedades e reflexões quanto ao «projecto» ou à «grande ideia» que poderá orientar uma (por alguns) desejada regeneração da Europa.
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E neste contexto surge o debate sobre o lugar da cultura no «projecto europeu».
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Ao confrontarmo-nos com a pujança de outros continentes ou das novas economias emergentes vemos que neste território ao fim e ao cabo relativamente pequeno que é a Europa encontramos recursos densamente distribuídos de inteligência, de sensibilidade, de memória, de imaginação e de criatividade. E até o pessimismo melancólico - tão típico de tantos intelectuais europeus - revela um espírito crítico que a Europa deveria provavelmente exportar em maior quantidade para sua vantagem e seguramente de outros.
Quem diz cultura diz liberdade e diz diferença. A Europa tem na liberdade e na diferença - de que o pluralismo linguístico constitui privilegiada expressão - condição e garantia da sua diversidade. Esta, longe de constituir um fardo, representa um trunfo na idade da globalização."
José Manuel Durão Barroso
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