"Não se pode falar do deserto como de uma paisagem, porque, apesar da sua variedade, ele é ausência de paisagem.
Essa ausência lhe atribui a sua realidade.
Essa ausência lhe atribui a sua realidade.
Não se pode falar do deserto como de um lugar; porque ele é, também, um não-lugar; o não-lugar de um lugar ou o lugar de um não-lugar.
(...)
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Não se pode pretender que o deserto seja o vazio, o nada. Nem se pode pretender que seja o termo, porque ele é igualmente o começo."
Edmond Jabés em "A Obscura Palavra do Deserto"
Edmond Jabés em "A Obscura Palavra do Deserto"
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