"Por trás do inverno de Nova Iorque
Que traz para os vidros
Um branco da Lapónia,
Alguns solitários
São encontrados mortos
Em frente de um televisor aceso.
Enquanto o homem se ajeita
Ao grande recinto da morte,
A voz de um modelo
Anuncia um cruzeiro pelas águas do Caribe
Ou o estado das estradas no Nebrasca.
Ao inspector,
Ao serralheiro,
À porteira do edifício,
Aos encarregados da autópsia,
Não deixa de os encher de melancolia
O televisor aceso
E a voz áspera
Que anuncia o fim da emissão."
Poema de Juan Manuel Roca (1946)
Da antologia "Um País Que Sonha - cem anos de poesia colombiana"
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