"Nas praias, em Portugal, mesmo quando o mar está manso, ouve-se por vezes gente aflita gritar, a quem se aproxima da água, para que tenha cautela com a sétima onda.
Mais alta que as outras, mais lenta, ela espalha suavemente a espuma, para de súbito, traiçoeira, escavar na areia um abismo e engolir os corpos que nunca devolve.
Diz-se que os espíritos das vítimas ficam presos na rebentação, condenados à pena eterna de rever sete vezes o passado a cada sétima onda."
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