"Também gostava - e é uma das minhas mais ternas e deliciosas recordações -, de contemplar o mar, ver as vagas espumar umas sobre as outras, a onda quebrar-se em espuma, alongar-se sobre a praia e bramir ao retirar-se sobre as pedras e as conchas.
Corria pelos rochedos, pegava na areia do oceano e deixava-a escorrer ao vento por entre os dedos, molhava algas e aspirava a plenos pulmões o ar salgado e fresco do oceano, que nos enche a alma de tanta energia, de tão vastos e poéticos pensamentos; olhava a imensidão, o espaço, o infinito, e a minha alma perdia-se diante daquele horizonte sem limites."
Gustave Flaubert em "Novembro"
Gustave Flaubert em "Novembro"
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