"Os princípios só valem para o espírito que pensa, e quando pensa; fora do espírito que pensa, um princípio reduz-se a nada.
Não se pode pensar o fogo, a água, o céu, reconhecemo-los e nomeamo-los porque existem; e sob a água, o fogo, a terra ou o céu, sob o mercúrio, o enxofre ou o sal, há matérias ainda mais subtis, que o espírito não pode nomear porque não aprendeu a conhecê-las, mas que algo mais subtil do que o espírito, mais profundo que tudo o que nos está na cabeça, pressente, e poderá reconhecer quando aprender a nomear. Pois, se os princípios valem para o espírito, as coisas valem para as coisas; e não há paragem na subtileza das coisas, como não há obstáculo na subtileza do espírito."
Antonin Artaud em "Heliogábalo ou O Anarquista Coroado"
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