"Onde se perde o teu olhar vadio?
Nestes livros, nas flores, na manhã?
Nestes livros, nas flores, na manhã?
Acordas no poema um estranho brilho
e guarda-lo num verso de amanhã.
Versos como essas flores apodrecidas
que juntas num herbário pueril,
versos que na memória adormecida
gota a gota dão eco senil.
Só quem nada mais crê, nada mais sabe
e de nada mais ter ama a beleza
enfrenta a liberdade que lhe cabe
como mais um talher posto na mesa."
Luís Filipe Castro Mendes em "Viagem de Inverno" (1993)
Luís Filipe Castro Mendes em "Viagem de Inverno" (1993)
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