"Há coisas em que uma pessoa navega tacteando. Houve uma fase em que reflecti muito sobre a natureza da escrita. Agora não me interrogo muito sobre o modo, o quê e o como do que escrevo. Vou navegando. Vou encontrando, vou dizendo o que surge e o que faço. Sem dúvida, a palavra é uma forma de não se ser devorado pelo caos, pela confusão, pela contradição e o tumulto, apesar de ter um pacto com tudo isso e de sem isso não atingir a sua plenitude."
JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias, nº 135, 5 de Fevereiro, 1985
Entrevista de Miguel Serras Pereira a Sophia de Mello Breyner Andresen
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