"Quando uma pessoa está só durante muito tempo, quando se habituou à solidão, quando se adestrou na solidão, por toda a parte onde, para outros não há nada, se descobre cada vez mais."
"Sempre que se escreve, precisa-se de qualquer coisa para se poder escrever. Quer seja a solidão, uma árvore ou uma lixeira ou uma pessoa, há qualquer coisa em que se está fixado. Em última instância, quase sempre em si mesmo. Tudo o mais é disparate.
(...)
Eu nunca me senti como escritor nesse sentido, eu só queria escrever, mas que isso por acaso é ser escritor foi depois que se revelou."
"Em Conversa com Thomas Bernhard" de Kurt Hofmann
Assírio & Alvim, Agosto de 2006
Páginas 29 e 32
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