entre a paisagem e a penumbra,
há uma outra paisagem devagar e de sombra
sem limite para olhar numa construção infinita.
Na forma é fictícia. Libertária no prazer, estendida.
Os gestos do ar são barcos sem cais - à deriva.
Derivando na paisagem ao sabor da poalha da lentidão:
há uma luz que nos fica, gravitando na alma
repleta. Repleta de imensidão.
E no luar da paisagem, constrói-se a calma
dentro da ilusão.
É uma paisagem que nos fica
na palma da mão."
"Ao Rubro" de Luís Filipe Sarmento
Poética Edições, Julho de 2020
Página 112
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