"Hoje em dia, desnorteadas por uma vida trepidante, as pessoas procuram meios para reencontrar o equilíbrio, e praticam o yoga, o zen, a meditação transcendental, ou então vão aprender a relaxar-se. Não digo que isso não seja bom, mas eu encontrei um exercício mais simples e mais eficaz: aprender a comer.
De que serve às pessoas ir meditar ou fazer yoga se comem de qualquer maneira, com nervosismo ou precipitação, no meio de barulho ou discussões? Mas que grande comédia! Porque é que as pessoas não hão-de compreender que quotidianamente, duas ou três vezes por dia, todos temos oportunidade de fazer um exercício de descontração, de concentração, de harmonização de todas as nossas células?
Se vos peço que vos esforceis por comer em silêncio (não apenas que estejais calados, mas também que não façais nenhum barulho com os talheres), mastigando demoradamente cada garfada, fazendo de vez em quando algumas respirações profundas, mas sobretudo concentrando-vos sobre os alimentos e agradecendo ao Céu por toda essa riqueza, é porque todos estes exercícios, aparentemente tão insignificantes, são do que há de melhor para adquirir o verdadeiro autocontrole.
É o domínio destas pequenas coisas que vos dará a possibilidade de dominar as grandes."
(...)
Futuramente, a alimentação será considerada como um dos melhores yogas que existem, ainda que ele nunca tenha sido mencionado em parte alguma. Todos os outros yogas - Radja, Karma, Hatha, Jnani, Kriya, Agni - são magníficos, mas exigem anos para se obter um pequeno resultado. Ao passo que com o Hrani-Yoga (Hrani, em búlgaro, significa alimento) os resultados são muito mais rápidos. É o mais fácil, o mais acessível dos yogas; é praticado por todas as criaturas sem excepção, ainda que, por enquanto, inconscientemente. Toda a alquimia e toda a magia estão contidas neste yoga que até hoje é o mais desconhecido e o mais mal compreendido."
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