quarta-feira, 10 de julho de 2013

O Vegetarianismo

"Cada criatura, animal ou humana, é impelida a escolher mais certos alimentos do que outros, e esta escolha é sempre muito significativa. Se quiserdes saber quais são os resultados da alimentação à base de carne, ide visitar um jardim zoológico, observai os animais carnívoros e ficareis imediatamente informados.
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Podeis constatar aí que os maiores carnívoros são animais medonhos que espalham à sua volta odores extremamente fortes, e que os herbívoros têm, em geral, hábitos muito mais pacíficos. O alimento que absorvem não os torna violentos nem agressivos, ao passo que a carne torna os carnívoros irritáveis. Do mesmo modo, os humanos que comem carne são mais impelidos para uma actividade brutal e destruidora.
A diferença entre a alimentação carnívora e a alimentação vegetariana reside na quantidade de raios solares que elas contêm. Os frutos e os legumes estão tão impregnados de luz solar que podemos dizer que eles são uma condensação de luz. Quando se come um fruto ou um legume, absorve-se, pois, de forma directa, luz solar que deixa muito poucos resíduos em nós. Ao passo que a carne é muito mais pobre em luz solar, e é por isso que ela se putrefaz rapidamente; ora, tudo o que se putrefaz rapidamente é nocivo para a saúde.
A nocividade da carne tem ainda outra causa. Quando os animais são conduzidos ao matadouro, estes adivinham o perigo, sentem aquilo que os espera, ficam desnorteados. Este estado de medo provoca um desregulamento no funcionamento das suas glândulas, que segregam, então, um veneno. Não há nada que possa eliminar esse veneno; ele introduz-se no organismo do homem que come a carne e, evidentemente, esta presença não é favorável à sua saúde nem à sua longevidade. Dir-me-eis: «Sim, mas a carne é deliciosa.» Talvez, mas vós estais sempre a pensar no vosso prazer, na vossa satisfação. Só o prazer do momento conta para vós, mesmo se tiverdes que pagá-lo com a morte de inúmeros animais e com a vossa própria ruína.
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Finalmente, tirar a vida aos animais é uma grande responsabilidade; é uma transgressão da lei: «Não matarás.» Aliás, no Génesis, quando, antes da queda, Deus explicou ao homem qual deveria ser o seu alimento, Ele disse simplesmente: «Eu vos dou toda a erva portadora de semente e toda a árvore que tenha em si fruto de árvore e seja portadora de semente: esse será o vosso alimento».
Ao matar os animais para os comer, não é só a vida que se lhes tira, mas também as possibilidades de evolução que a Natureza lhes tinha dado nesta existência."

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