Vão para a pele, para os olhos e para o coração.
Vão para os melhores e para os piores pensamentos.
Vão para o remoinho dos tempos.
Vão para os panos de cozinha já usados, vão para a receita do bolo de uma avó longínqua que já esquecemos.
As vidas vão para o pó das estrelas e para as fábricas de todas as coisas.
Vão para as lágrimas que não choramos, as palavras que não dizemos e os silêncios que tão pouco entendemos.
As vidas que vivemos vão para o puzzle que todos trazemos.
Nele se encaixam.
Nele fazem sentido.
Texto: Ana Miguel Socorro
Fotografia: Paula Abreu Silva
Do projecto de Paulo Kellerman, fotografar palavras, aqui 😊
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