"Ao nível dos sentimentos, não ao nível racional, sabemos que os nossos alicerces estão na terra, nas camadas profundas, e isso faz-nos medo."
"Cada um de nós mantém consigo próprio uma permanente discussão e acaba por declarar: O meu eu não existe. Cada ideia contém em si um número infinito de ideias. Senti sempre, desde a mais tenra idade, a necessidade de me entregar aos devaneios da minha imaginação, e deixei-me sempre arrastar pela minha imaginação para muito longe ..."
"A nossa vida dura o estritamente necessário para nos prepararmos para a morte."
"As pessoas, e cada uma isoladamente, podem muito bem ser encaradas como personagens de um folhetim, publicado diariamente e impresso na natureza."
"Como o senhor bem sabe, desprezo tudo o que não implica esforço, é esse o meu princípio supremo, o único que tenho. Exijo sempre o máximo. Mas o máximo amedronta."
Thomas Bernhard em "Perturbação"
Relógio D'Água, 1990
Páginas 208, 209, 215, 216 e 222
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