"surge como um cervo precedido do seu mugir por entre ramos
esta lua cheia
primeiro o seu brilho e apenas mais tarde ela própria
sobre o mar
a luz e a água não chegam a tocar-se
enquanto a emoção fica de braços cruzados
e o invisível faz-lhe eco
o ar esmiuçado acorda alguns
insones
que abraçam com um intocar semelhante ao sono
a escuridão do próprio colapso
quem nele tiver presente a ausência
sentirá mais do que sente"
"sombras e falésias" de Dinu Flamand
Guerra & Paz, Editores
Março de 2017
Página 62
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