na seiva dos pinheiros na ternura rugosa
das oliveiras mansas
de pé, sobre a côdea da terra.
Oh como o poeta espera o alimento
que lhe não fora nunca prometido
qual às plantas do céu e às aves subterrâneas:
o esforço comedido o vão alento
o grão de trigo germinando no ar.
Sensíveis as palavras insensíveis
na lâmina subtil de um horizonte
apenas desenhado um pouco mais acima
do fim do dia do princípio da noite
na face do crepúsculo
que sem princípio ou fim se anunciasse.
O golpe exacto para a respiração."
"Poesia Completa" de Maria Alberta Menéres
Porto Editora
1ª edição, Março de 2020
Página 376
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