"Também a sensação de que o tempo passa muito mais rapidamente do que antes tem a sua origem no facto de as pessoas, hoje em dia, já não serem capazes de demorar-se e de a experiência da duração se tornar cada vez mais insólita.
(...)
É a experiência da duração, e não o número das vivências, que faz com que uma vida seja plena. Uma veloz sucessão de acontecimentos não dá lugar a duração alguma. Uma vida a toda a velocidade, sem perdurabilidade nem lentidão, marcada por vivências fugazes, repentinas e passageiras, por mais elevada que seja a 'quota de vivências', continuará a ser uma vida curta."
Byung - Chul Han em "O Aroma do Tempo - Um ensaio filosófico sobre a arte da demora"
Relógio D'Água Editores, Fevereiro de 2016
Páginas 49 e 50
Sem comentários:
Enviar um comentário