sábado, 14 de fevereiro de 2015

O que é uma mandala

"Mandalas são figuras circulares organizadas com base no centro, prendem o olhar e criam sensação de paz. A palavra "mandala" vem do sânscrito e, nas tradições indianas, significa centro e, ao mesmo tempo, circunferência. São conhecidas também como círculo mágico ou círculo sagrado.
Estas imagens circulares aparecem em praticamente todas as culturas, representando a harmonia do cosmos e a energia divina. Muitas mandalas foram criadas como símbolos religiosos e integram rituais de diversas culturas que não têm qualquer ligação temporal ou espacial entre si. Estão presentes nas mais primitivas pinturas rupestres, nas rosáceas e labirintos das catedrais góticas, no hinduísmo e no budismo, na arquitectura, na natureza, nos círculos de amigos, família e comunidade, na vida.
A atração por mandalas é cada vez maior. A visualização das suas cores e formas despertam sentimentos agradáveis. Existe uma grande identificação quando visualizamos ou mesmo quando nos expressamos com formas circulares. É da natureza humana a necessidade do contacto com a totalidade, a busca pelo centro, pela verdade interior. Pode representar a estrutura organizacional da própria vida.
São utilizadas para expressão, meditação, concentração, para aumentar a percepção ou simplesmente aquietar os pensamentos.
A meditação com mandalas é um legado que vem do oriente, um instrumento de concentração. Contemplá-las proporciona calma para a mente, e, mesmo que só por alguns instantes, nos remetem ao nosso próprio centro, revelando a estrutura profunda do nosso espírito.
O ponto principal da mandala é o centro, ao redor do qual o desenho se desenvolve. Esse ponto é o foco, atrai o olhar do observador. O centro é o começo, a origem, o princípio, a fonte de poder, sabedoria e energia da vida. O homem é considerado o microcosmo do macrocosmo, do Universo.
A mandala ficou conhecida, na psicologia moderna pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, como símbolo da unidade, da totalidade da psique ou do Self, que engloba o consciente e inconsciente. Jung descobriu que criar sua própria mandala é abrir um canal para os conteúdos internos, inconscientes e permitir expandir a criatividade, facilitando o caminho de desenvolvimento pessoal. As mandalas pessoais são uma viagem ao interior, espelhos da alma que possibilitam o autoconhecimento, a busca do equilíbrio para uma vida plena com qualidade.
A vibração da mandala está simbolizada na sua geometria sagrada, que revela formas e números, e nas combinações de cores que atraem o homem para contemplação.
Existem algumas variações de mandalas, elas podem estar na natureza, na cultura oriental e ocidental; podem ser criadas espontaneamente ou com uma intenção."

Caroline Mello em "Universo Mandala - A consciência da energia circular"

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