sexta-feira, 20 de março de 2015

Da poética das montanhas

"Considero que os maiores objectos da Natureza são os mais agradáveis de se olhar e, depois, a ampla abóbada do céu e as ilimitadas regiões povoadas pelas estrelas; não há nada que eu contemple com tanto prazer quanto o vasto mar e as montanhas. Há qualquer coisa de augusto e de majestoso no seu aspecto, algo que inspira à mente grandes pensamentos e paixões. Nessas circunstâncias, o pensamento eleva-se naturalmente para Deus e para a Sua grandeza e para tudo o que tenha, nem que seja apenas, a sombra ou a aparência do INFINITO, como têm todas as coisas que excedem a compreensão, enchem e dominam com o seu excesso a mente, projectando-a numa espécie de agradável espanto e admiração."
 
Thomas Burnet  em "Telluris theoria sacra, IX, 1681

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