terça-feira, 1 de novembro de 2016

"Também gostava - e é uma das minhas mais ternas e deliciosas recordações -, de contemplar o mar, ver as vagas espumar umas sobre as outras, a onda quebrar-se em espuma, alongar-se sobre a praia e bramir ao retirar-se sobre as pedras e as conchas.
Corria pelos rochedos, pegava na areia do oceano e deixava-a escorrer ao vento por entre os dedos, molhava algas e aspirava a plenos pulmões o ar salgado e fresco do oceano, que nos enche a alma de tanta energia, de tão vastos e poéticos pensamentos; olhava a imensidão, o espaço, o infinito, e a minha alma perdia-se diante daquele horizonte sem limites."

Gustave Flaubert  em "Novembro"

Sem comentários:

Enviar um comentário