segunda-feira, 2 de março de 2020

"No seu novo livro (escrito em parceria com Andreas Heller), In Ruhe sterben [Morrer em Paz] - Munique, Pattloch, 2014 -, Gronemeyer deixa claro "o que desejamos e o que a medicina actual não pode oferecer": "Poderíamos ter a impressão de que, especialmente onde a medicina paliativa prevalece, se impõe um caminho de perfeição, juntamente com uma crescente frieza simultânea. Penso que, se nos encontramos no caminho para uma 'morte com controlo de qualidade', estamos, então, no caminho errado. [...] A medicina pode oferecer muitas coisas e está a adquirir uma importância crescente no lidar com o fim da vida, mas devemos, ao mesmo tempo, insistir veementemente em que a medicina não pode tudo e em que as questões fundamentais associadas ao fim da vida - tais como: 'Que será de mim? A quem devo perdoar ainda alguma coisa? A quem devo pedir perdão?' - excedem o quadro da medicina. O meu desejo seria uma medicina paliativa, até mesmo no caso do Movimento Hospice, que se autolimitasse e declarasse claramente o que pode e o que não pode fazer."


Hans Küng  em "Uma Boa Morte"
Relógio D' Água Editores, Dezembro de 2017
Páginas 75 e 76

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