sábado, 13 de setembro de 2014

O porquê da minha calma

"Pouco me importo
palavras que empresto de Camus-Collete-Ravel;
sons-imagens
souvenirs de entrecortados sonhos.
teus cabelos,
vento
neblina e surpresa
- tactear, mas logo esquecer -
palavras que invento.
 
Quantas vezes te idealizo
tendo o mesclado céu azul como fundo?
 
Ficam passagens estreitas
através das quais viver
obriga a passar;
passarás - passarei?
 
Mas, descubro que mesmo na tua ausência,
também me aqueço,
e sem cabala - conveniente invenção de meus avós -
envelheço mil mundos por noite.
 
Finalmente, nas naturezas mortas
o solitário olhar procura um ponto de contacto
para o Éden das noites infindáveis."
 
 
Orfeu B.  em "Instituto de Felicidade Teórica"

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