sábado, 25 de abril de 2020

"Servimo-nos dos outros como se fossem machados para abater aqueles a quem realmente amamos."


"Até que ponto posso afirmar que o conheci? Descubro que cada pessoa só pode pretender conhecer o aspecto do nosso carácter. Para cada um dos que nos conhecem, voltamos uma face diferente do prisma."


"O amor é terrivelmente permanente e cada um de nós só tem direito à sua pequena porção. Pode aparecer sob uma infinidade de formas e prender-se a uma infinidade de pessoas. Mas é limitado em quantidade, e não pode esgotar-se e desaparecer antes de alcançar o seu verdadeiro objecto. O seu destino oculta-se algures, nas mais profundas regiões da alma, onde acabará por se reconhecer como o amor de si, o terreno sobre o qual construímos uma espécie de saúde da alma. E isto não é nem egoísmo nem narcisismo."


"Há neste mundo naturezas votadas à autodestruição, e com elas são inúteis os argumentos racionais."



"O Quarteto de Alexandria" de Lawrence Durrell
Publicações Dom Quixote, 2012
Páginas 100, 106, 114/115 e 117

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